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Publicado: Terça, 30 Março 2021 08:00

1º BATALHÃO DE COMUNICAÇÕES - 1º BCom

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Figura 1: Entrada do 1º B Com, arquivo da OM, fotografia de 3º Sgt Mosquer, Santo Ângelo-RS, 2016

 

HISTÓRICO

O 1º B Com é originário da Companhia Escola de Transmissões (Cia Es Trans), criada no Rio de Janeiro pelo Decreto nº 24.287, de 24 de maio de 1934, porém sem efetivo foi extinta pelo Aviso nº 121- Extc, de 21 de janeiro de 1941.

A Companhia Escola de Transmissões foi recriada pelo Decreto-Lei nº 7.888, de 21 de agosto de 1945 e Portaria nº 80.698, de 11 de outubro de 1945, recebendo militares oriundos das unidades da Força Expedicionária Brasileira (FEB).

Em 31 de janeiro de 1953, pela Portaria nº 58, foi renomeada como Companhia Escola de Comunicações (Cia Es Com). Evolutivamente, pelo Decreto nº 57.566, de 31 de dezembro de 1965 e a Portaria Reservada nº 032, de 18 de março de 1966, a Companhia Escola de Comunicações foi transformada no 1º Batalhão de Comunicações Divisionário (1º B Com Div), também na cidade do Rio de Janeiro-RJ.

A constante evolução da estrutura da Força Terrestre fez com que algumas unidades militares fossem deslocadas para a região amazônica, entre elas o Comando da 16ª Brigada de Infantaria Motorizada (Brigada Missões) e o 61º Batalhão de Infantaria Motorizado (Batalhão Marechal Thaumaturgo de Azevedo), sediados na cidade de Santo Ângelo-RS. Ambos mudaram de natureza, tornando-se organizações militares de selva. As sedes foram para, respectivamente, Tefé- AM e Cruzeiro do Sul-AC em 1992. Ficou definido também que o 1º B Com Div passaria a ocupar as instalações deixadas pelo Cmdo 16ª Bda Inf Mtz e 61º BI Mtz em Santo Ângelo e passaria a ser subordinado à 3ª Divisão de Exército (Divisão Encouraçada), com sede em Santa Maria-RS.

A partir de 1992 iniciou a mudança de sede do 1º B Com Div, sendo concluída oficialmente no dia 1º de janeiro de 1993.

No dia 13 de outubro de 2000, de acordo com a Portaria do Comandante do Exército nº 562, foi concedido a denominação histórica de “BATALHÃO GENERAL MÁRIO DA SILVA MIRANDA”. As razões foram motivadas pelo fato de ter sido o comandante da Companhia de Transmissões da Força Expedicionária Brasileira (FEB) que combateu na Segunda Guerra Mundial na Itália e ter sido o primeiro Comandante da Cia Es Trans, ambos no posto de Capitão de Engenharia, além do reconhecimento ao brilhante trabalho do Gen Mário da Silva Miranda em prol das comunicações.

Com objetivo de tornar os Batalhões de Comunicações de Exército (B Com Ex) e os Batalhões de Comunicações Divisionário (B Com Div) aptos a prestarem o apoio de comunicações a qualquer Grande Comando Operacional, os B Com Ex e B Com Div foram transformados em Batalhões de Comunicações. Assim, pela Portaria do Comandante do Exército nº 361, de 9 de julho de 2003, o 1º B Com Div foi transformado em 1º Batalhão de Comunicações (1º B Com).

Após um histórico de formação de oficias da reserva de cavalaria e infantaria, o NPOR é recriado em 1995 para atender a arma de comunicações.

A subordinação à 3ª DE, Grande Comando Operacional, que reúne a maioria dos meios mecanizados/blindados do Exército e de grande vocação para o combate convencional, indicou que o 1º B Com fosse escolhido para receber um novo Sistema de Comunicações de Área que ficou conhecido como Sistema Tático de Comunicações da 3ª DE (SISTAC/3ª DE).

Operando desde 1998, o SISTAC/3ª DE – é um sistema baseado em cabines “shelter” que formam uma rede integrada de comunicação digital multisserviços, sob a responsabilidade do 1° Batalhão de Comunicações para fornecer as comunicações necessárias à 3ª Divisão de Exército.

Naquela época, a empresa italiana Finmeccanica e o grupo britânico GKN formaram juntas a Alenia Marconi Systems(AMS), que trouxe um grande avanço em sistemas de Comando e Controle para o mundo. Com a finalidade de cumprir com as necessidades de Comando e Controle do Exército Brasileiro, através de comunicações rápidas, foi adquirida da então empresa Marconi a primeira remessa de cabines com capacidade de apoiar uma Divisão de Exército composta por três Brigadas.

Esse embrião do SISTAC/3ª DE, apesar de possuir sua base sistêmica digital, grande parte de seus sistemas de assinantes era analógico, o que trazia certa lentidão à comunicação propriamente dita.

Concomitante, com a evolução da empresa Marconi que passou a integrar a chamada Selex, os equipamentos do SISTAC/3ª DE também receberam seu upgrade, com a sobreposição de diversos equipamentos digitais ante os ultrapassados analógicos. Como exemplo temos a aquisição de rádios digitais e a mudança da telefonia analógica para o uso do VoIP. Essa evolução trouxe uma melhor taxa de transferência de dados, contribuindo substancialmente para o bom cumprimento da missão a que faz ser empregado o SISTAC.

Conforme a tecnologia avança com seus sistemas wireless, o SISTAC/3ª DE acompanha, de modo a favorecer cada vez mais o emprego das comunicações no Teatro de Operações. O WiMAX, então, chegou para distribuir o acesso à rede de internet, sem a utilização de fios no terreno, através das cabines de Nó de acesso.

Houve também a aquisição dos rádios TETRA, um rádio com conectividade totalmente por meio de IP, que garante a comunicação eficiente, mesmo quando ocorrer congestionamentos da rede, permitindo uma grande quantidade de usuários. O TETRA permite, em uma única rede, comunicação privada para dois usuários, comunicação em grupo com número pré-determinado de postos rádio e a comunicação dirigida para todos os rádios da rede em questão. Todas essas possibilidades são asseguradas por um seguro sistema de criptografia digital já presente no sistema TETRA.

Vemos que o SISTAC veio para revolucionar as comunicações no Exército Brasileiro, mas não podemos deixar o tempo consumir a grandiosidade do sistema a ponto de torná-lo obsoleto. O objetivo deve ser alcançar a tecnologia 4G, para alcançarmos uma velocidade ainda maior na transmissão das comunicações em nosso gigantesco Teatro de Operações.

 

MISSÃO

O 1º Batalhão de Comunicações (1º B Com) é uma Organização Militar Operacional localizada no Comando Militar do Sul (CMS), especificamente na cidade de Santo Ângelo-RS, sendo subordinado à 3ª Divisão de Exército (3ª DE ou Divisão Encouraçada). A atividade-fim do 1º B Com é contribuir para que a 3ª DE obtenha a superioridade de informações diante dos oponentes. A principal capacidade do batalhão é instalar, explorar, manter e defender, um Sistema Tático de Comunicações (SISTAC/3ª DE) que proporcione comunicações ágeis e flexíveis às unidades blindadas e mecanizadas desdobradas em uma área de 120 Km X 120 Km. Para cumprir sua missão, dispõe de recursos humanos altamente qualificados e materiais de comunicações sofisticados, o que coloca o 1º B Com entre os batalhões de comunicações mais modernos do mundo.

Até os dias atuais, o 1º B Com vem realizando diversos apoios de comunicações, além de ações subsidiárias na região das missões quando requerido e autorizado pelo escalão superior.

 

GENERAL MÁRIO DA SILVA MIRANDA (DESIGNAÇÃO HISTÓRICA)

 Mario da Silva Miranda foi um militar da Arma de Engenharia que iniciou sua carreira em 6 (seis) de março de 1934, no Corpo de Cadetes do Instituto Militar de Ensino, no Rio de Janeiro. Integrou o efetivo brasileiro na Itália, por ocasião da 2ª Guerra Mundial, comandando a 1ªCompanhia de Transmissões da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária. Participou ativamente das ações decisivas de Monte Castelo e Castel Nuovo e da fase ofensiva da conquista de Montese e Zacca. Distinguiu-se, desde cedo, em sua carreira militar, demonstrando lealdade e patriotismo, recebendo diversos elogios e condecorações militares nacionais e internacionais, foi o 1º comandante da companhia escola de comunicações, logo após a mudança de denominação da 1ª companhia de transmissões, no ano de 1953, quando capitão.

Em sua homenagem, no dia 22 de novembro de 2000, o Exmo Sr Gen Ex Gleuber Vieira concedeu como denominação histórica de “batalhão general Mario da Silva Miranda” ao 1º batalhão de comunicações divisionário, hoje 1º Batalhão de Comunicações.

1BCOM2Figura 2: General Mário da Silva Miranda

ESTANDARTE HISTÓRICO DO 1º BATALHÃO DE COMUNICAÇÕES (ESTANDARTE SARGENTO MARCELO)

O Estandarte Histórico foi entregue ao Comandante do Primeiro Batalhão de Comunicações em uma cerimônia realizada no dia 22 de novembro de 2000, pelo Comandante da 3ª Divisão de Exército.
O Estandarte do Batalhão possui forma retangular, tipo bandeira universal, franjada em ouro, com o campo azul-celeste; cor representativa da Arma de Comunicações. Em abismo, dois raios em aspa e vermelho, com um escudo francês, filetado de ouro, contendo o símbolo das Comunicações, acima, em ouro. Abaixo, à esquerda encontra-se uma réplica das Ruínas de São Miguel, símbolo maior dos Sete Povos, hoje tombado pelo Patrimônio Histórico da Humanidade, à direita, o símbolo da Força Expedicionária Brasileira, relembrando a participação na Segunda Guerra Mundial. Na base do escudo, encontra-se o castelo azul-turquesa, símbolo da Arma de Engenharia, de onde se originou a Arma de Comunicações, e arma oriunda do General Mário da Silva Miranda. Envolvendo o escudo, em arco de ouro, a denominação histórica “BATALHÃO GENERAL MÁRIO DA SILVA MIRANDA”. Possui, ainda, laço militar com as cores nacionais, inscrito em caracteres de ouro a designação militar “1º B Com”.

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Figura 3: Estandarte do 1º Batalhão de Comunicações, Estandarte Sargento Marcelo

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