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Publicado: Terça, 30 Março 2021 08:00

3º BATALHÃO DE COMUNICAÇÕES - 3º B COM

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3º B COM HISTÓRICO

O 3º Batalhão de Comunicações é uma Organização Militar de grande tradição no âmbito do Comando Militar do Sul. Sua rica história e seus feitos, por onde se estabeleceu como sede, resguardam o seu legado. O lema “Sempre servir” esteve sempre à testa da OM, como é percebido nas suas missões de apoio às operações, aos interesses nacionais ou à população civil, como será verificado adiante.

As origens do 3º Batalhão de Comunicações remontam ao ano de 1917, com a criação da 3ª Companhia de Sinaleiros Telegrafada pelo Solo. Esta subunidade era orgânica do 3º Batalhão de Engenharia, em São Gabriel-RS, na colina histórica onde Caxias armou tendas das Forças Imperiais na Guerra dos Farrapos. Surgiu assim, a mais antiga organização de Comunicações no território da 3ª Região Militar.

Em 1918, um flagelo internacional gerou a primeira odisseia dessa Unidade. Para prevenir a epidemia espanhola, todo o efetivo da OM evacuou a sede e acampou a 65 km dali, em uma fazenda de propriedade do Cel Brandão por um período de 3 meses.

Naquele período, os infortúnios de uma Grande Guerra acometiam a Europa. Aquele evento, de proporções globais, também gerou consequências nos demais continentes. E assim, no mesmo ano, todo o efetivo do Batalhão fez um treinamento de embarque por via férrea, embarque e viagem via marítima, para, caso necessário, deslocar-se com destino ao Teatro de Guerra Europeu, na 1ª Guerra Mundial.

Mais alguns anos a frente, em 1923, já com a denominação de 3ª Companhia de Transmissões, acompanhou sua Unidade mãe, o 3º Batalhão de Engenharia, para Cachoeira do Sul- RS.

Atendendo aos interesses da nação, a 3ª Cia de Transmissões participou da Revolução de 30 em apoio de comunicações às tropas riograndenses. Com um destacamento de telefonistas realizou acantonamentos em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, onde, no dia 3 de novembro, presenciou a posse do novo presidente, Getúlio Vargas.

Em sequência a esses acontecimentos políticos, que marcaram a história do Brasil, merece registro a atuação na Revolução Constitucionalista de 1932, contribuindo para o esforço do Exército que derrotou os revolucionários paulistas.

Voltando ao âmbito interno da OM, a reorganização das Unidades de Engenharia, segundo a Lei publicada no DO nº 49 de 27 de fevereiro de 1935, e a consequente transformação do 3º BE, resultaram em eventos importantes para a história do 3º B Com. O primeiro foi a constituição da 3ª Companhia de Transmissões, e a sua autonomia administrativa, conforme o Boletim Regional nº 114, de 19 de maio de 1934. O seu primeiro comandante interino foi o Cap Eng Rui Cotias.

O segundo foi o desmembramento da Subunidade de Transmissões, em 15 de março de 1935. Feito isso, organizou-se a 3ª Companhia Independente de Transmissões (3ª Cia Ind Trns). O seu primeiro comandante foi o Cap Eng Orlando da Costa Canário.

Em 20 de outubro de 1937, uma mudança de sede se avizinhou para os comunicantes de Cachoeira do Sul. Cumprindo a ordem do Gen Cmt da 3ª Região Militar, a Unidade embarcou, por via férrea, com destino a Rosário do Sul-RS. Ao chegar, por volta das 14 horas, ocupou em caráter definitivo o Quartel do Batalhão Montado de Transmissões, permanecendo por dois anos.

A 4 de novembro de 1939, foi público por transcrição do Radiograma nº 30, de 2 de novembro de 1939, do Cel João Pereira, Ch do EMR/3, a seguinte ordem: “Cmt 3ª Cia Ind Trns – Rosário – Deveis providenciar para que esta Unidade esteja pronta deslocar-se vg a partir dia 8 novembro vg para São Leopoldo pt”. E assim a Cia se preparava para ocupar nova sede, onde permaneceria por 26 anos.

Em 13 de novembro de 1939, às 2 horas, a Unidade iniciou o deslocamento para a cidade de São Leopoldo-RS. Os pavilhões destinados ao aquartelamento da 3ª Cia Ind Trns foram construídos pela Prefeitura Municipal da cidade em terreno de sua propriedade. Chamada de “Praça 20 de Setembro”, as novas instalações da Cia eram de madeira e haviam sido destinadas à Exposição do Centenário da Revolução Farroupilha, realizada em 1935. Tal localidade havia sido desocupada pelo 9º RI.

Durante a sua permanência na nova sede, a Cia passou por algumas transformações significativas. Em 1º de julho de 1946, em ordem contida no Boletim Regional nº 139, de 21 de junho de 1946, da 3ª Região Militar, foi novamente denominada de 3ª Companhia de Transmissões e, a partir de 31 de agosto, a sua organização, conforme Decreto-Lei nº 21.134, de 15 de maio de 1946, passou a ser a seguinte: uma seção TTS (Telefonistas, Telegrafistas e Sinaleiros) e Estafetas, uma seção de Cmdo e Sv, uma Seção Cnst e uma Seção Rád.

No ano de 1941, a Subunidade foi o “braço forte e a mão amiga” da população local. Com os estragos de uma enchente, a Cia prestou indelével apoio ao abrigar e alimentar um efetivo aproximado de 500 pessoas.

Com sentimento patriótico e fiel culto aos ideais democráticos, a 3ª Cia Trns tomou parte na 2ª Guerra Mundial. Cumprindo o Radiograma nº 112-D-2P, de 18 de março de 1942, do Gen Chefe da Dir de Engenharia, em 21 de março, um 2º Sgt, dois Cabos e dezoito Soldados compuseram o Primeiro Contingente de Elementos de Transmissão, o qual ficou acantonado na Ilha de Fernando de Noronha.

Na manutenção dos interesses nacionais, a Cia colaborou com os seguintes Órgãos: Ministério da Viação e Obras Públicas – com a guarnição das instalações da Agência dos Correios e Telégrafos de São Leopoldo; Governo do Estado do Rio Grande do Sul – nas guarnições das Estações Ferroviárias de São Leopoldo e Rio dos Sinos; Serviço Nacional de Carvão – onde o próprio comandante da Subunidade foi administrador por vários meses nas Minas de Carvão de São Jerônimo-RS; Prefeitura Municipal de São Leopoldo – com a guarnição da Usina Elétrica e da Hidráulica dentre outras colaborações em acidentes, incêndios ou nas épocas de enchente do Rio dos Sinos.

De 5 de outubro a 30 de dezembro de 1942, a Companhia organizou novo contingente, denominado Pelotão de Exploração, composto por um Oficial, dois Sargentos, quatro Cabos e quarenta e quatro Soldados. Esses comunicantes deslocaram-se para Rio Grande-RS para realizar diversas missões de defesa do litoral, como construção de linhas telefônicas entre S. José do Norte e Rio Grande; ligação telefônica entre a Praia do Cassino e Rio Grande; ligação telefônica entre os faróis da orla marítima e Rio Grande; ocupação e guarnição dos faróis do Chuí e Albatroz e controle da Central Terminal de Cabo Submarino.

Em 1º de abril de 1949, com a criação da 6ª Divisão de Infantaria, com sede em Porto Alegre-RS, a 3ª Cia de Trns deixou de pertencer a 3ª Divisão de Infantaria, de Santa Maria-RS. Tal mudança levou a Cia a fazer parte da 6ª DI. Com isso, passou a denominar-se 6ª Companhia de Transmissões, de acordo com a Portaria Ministerial nº 13-12, de 29 de janeiro de 1949.

Alguns anos após essa mudança estrutural na Força, a Portaria nº 58, de 31 de janeiro de 1953 substituiu o título “Transmissões” por “Comunicações”. E assim, a mais antiga OM de Comunicações no território da 3º Região Militar passou a ser denominada de 6ª Companhia de Comunicações.

Durante os anos em que ocupou o seu aquartelamento na cidade de São Leopoldo, a 6ª Cia Com contou com um quartel bem equipado. Havia uma praça de Esportes, na qual sediava disputas e competições semanais de Colégios, Agremiações Esportivas de Estabelecimentos Industriais e dos Serviços Sociais de Comércio e da Indústria. Além disso, possuía um centro social com armazém, loja, cantina, granja e cozinha.

Após o período, relativamente longo até aqui, de sede em São Leopoldo, o passado do 3º B Com contaria com mais uma destacada mudança de sede, denominação e subordinação. Os feitos que consubstanciavam o patriotismo dos comunicantes de São Leopoldo, agora seriam realizados em Rio Negro-PR.

O Decreto nº 57.159, de 3 de novembro de 1965, criou o 3º B Com Ex, que herdaria os acervos da 6ª Cia Com. A nova sede seria a cidade de Porto Alegre-RS. No entanto, o Batalhão seria inicialmente instalado e organizado em Rio Negro, no antigo aquartelamento do 2º Batalhão Ferroviário, conforme Decreto nº 57.160, de 3 de novembro de 1965.

Dessa forma, em 31 de dezembro de 1965, a 6ª Cia Com foi desligada do efetivo da 6ª Divisão de Infantaria e passou a ser vinculada diretamente ao III Exército, como 3º B Com Ex.

O 2º Ten Alberto José Canto Quevedo, em 7 de janeiro de 1966, comandou o Escalão Avançado da Unidade no deslocamento inicial de São Leopoldo-RS para Rio Negro-PR.

Em 1º de fevereiro de 1966, instalou-se o Comando Interino do 3º B Com Ex, em Rio Negro, na pessoa do Cap Creso Vieira Vellinho. E, em 15 de fevereiro de 1966, o Ten Cel João Pantoja Pires Coelho, nomeado pela Portaria nº 1789 DF, de 30 de novembro de 1965, assumiu o Comando do Batalhão.

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Já em 16 de abril de 1966, o 3º B Com Ex recebeu a visita do Ten Cel Charles Yerkes, da Comissão Militar Mista Brasil/EUA. E a partir de março de 1967, o Acordo Militar Brasil/EUA proporcionou ao 3º B Com Ex o recebimento de material de Comunicações que lhe possibilitaria desempenhar todas as ligações necessárias ao exercício de Comando e Controle do III Ex.

Os equipamentos recebidos, dentre eles o conjunto Rádio-teletipo móvel AN/GRC-26 D e o conjunto Rádio veicular AN/GRC-106, ambos operando em SSB de longo alcance, foram utilizados para cumprimento de missões de grande vulto. As manobras do CMA em Marabá-PA, em novembro de 1970; a operação de bloqueio nas regiões fronteiriças entre São Paulo e Paraná, em maio de 1970; e a manobra do Alto Uruguai, numa operação conjunta Brasil/Argentina, em outubro de 1970, são exemplos disso.

Em São Leopoldo ainda permaneceu um Escalão Recuado, sob o Comando do 2º Ten Lourival Junis Cardoso. No entanto, a 8 de junho de 1966, foi entregue à Prefeitura Municipal o aquartelamento da ex-6ª Cia Com, mediante termos de Recebimento e Entrega de Imóvel, assinado por Clodomiro Martins, Prefeito de São Leopoldo; Napoleão Rodrigues de Freitas, Major Engenheiro Geógrafo do Serviço de Patrimônio da 3ª Região Militar; Orlando Hermann, Capitão Engenheiro Adjunto do Serviço de Obras da 3ª Região Militar e Lourival Junis Cardoso, 2º Ten representante da ex-6ª Cia Com.

De 1965 a 1970, enquanto esteve sediado em Rio Negro, o 3º B Com Ex seguiu trilhando o nobre caminho de sempre servir. Na área de seu aquartelamento e em cidades circunvizinhas realizou intensa atividade de apoio à população civil através de ACISOS e apoio às vítimas de incêndios e enchentes. Marcou sua presença também no apoio na área estudantil, conquistando enorme estima do povo e autoridades regionais.

A quinta mudança de sede foi concluída em 16 de março de 1971. O BI de 16 de abril de 1971 publicou a transferência de Rio Negre-PR para Bento Gonçalves-RS. Foi ocupado o antigo acantonamento do 1º Batalhão Ferroviário, recém-transferido para Lages-SC.

O Decreto nº 67.642, de 20 de novembro de 1970, inicialmente transferiu a sede, que teve publicação no BI de 14 de dezembro de 1970. Na nova cidade, instalou-se em 16 de abril de 1971 e permaneceu até 1976.

A mudança ocorreu em 3 etapas. Em 29 de dezembro de 1970, seguiu destino a Bento Gonçalves o 1º Escalão do Batalhão, composto por 3 Oficiais, 10 Sargentos, 7 Cabos e 12 Soldados. Em seguida, o 2º Escalão, composto por 4 Oficiais, 9 Sargentos e 1 civil, tomou a frente e se dirigiu para o novo quartel em 8 de janeiro de 1971. E em 16 de março, a missão foi cumprida.

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Na Serra Gaúcha continuou a apoiar as populações civis em variadas atividades cívico- sociais. Coube destaque os apoios médico-dentário, à recuperação de escolas, ao incentivo à competições desportivas e à colônia de férias.

Buscando seguir os avanços tecnológicos da época, no período de 24 a 29 de janeiro de 1972, a OM se fez representar no Estágio de TV a cores da Admiral. O evento ocorreu no Centro de Educação Técnica do Rio Grande do Sul.

No período de 17 a 20 de fevereiro de 1972, a OM apoiou com 6 Conjuntos Rádios AN/GRC-106 a Segurança Presidencial durante a visita do Presidente a Caxias do Sul e Vacaria.

A sede definitiva do 3º B Com Ex começou a ser construída em 1972, na região da Serraria, em Porto Alegre. O Decreto nº 76.598, de 11 de novembro de 1975, publicou a derradeira transferência e criou o 6º B Com Div, em Bento Gonçalves.

A Maratona Duque de Caxias, tradicional competição que promove o congraçamento de militares de diferentes Organizações Militares, foi marcante para o 3º B Com Ex em 23 de agosto de 1973. Das cinco equipes participantes, o Batalhão obteve os dois primeiros lugares, denotando o bom preparo físico dos comunicantes dessa OM.

Não só na parte física, como também na Ordem Unida o Batalhão mereceu ser destacado. Em 15 de fevereiro de 1975, a Unidade prestou Guarda de Honra ao General Ernesto Geisel, Presidente da República, por ocasião de sua visita à cidade na inauguração da III Festa Nacional do Vinho. No encerramento, em 9 de março, o General Adalberto Pereira dos Santos, Vice-Presidente da República, também recebeu a continência da Guarda de Honra do 3º B Com Ex.

Sobre a transferência de sede, em 31 de agosto de 1975 iniciou-se a compra do mobiliário com a verba de Cr$ 1.150.000,00 para o 3º B Com Ex.

A mudança também ocorreu em etapas. A 14 de dezembro de 1975 deslocava-se com destino a Porto Alegre o 1º Escalão, constituído pela CCPC e comandado pelo Cap Rodolfo Craff. E em 7 de janeiro de 1976 deslocou-se o 2º Escalão.

Em seguida, a 12 de janeiro de 1976, a CRO/3 participou da conclusão da construção do aquartelamento do 3º B Com Ex. E, finalmente, em 23 de fevereiro de 1976, o 3º Escalão, além do Estado Maior e Oficiais e Praças da CCPCR, se dirigiam para a sua sede definitiva.

O restante do mobiliário do Batalhão foi adquirido em 31 de março de 1976, num valor de Cr$ 1.200.000,00. E em 5 de maio de 1976, data magna da Arma, deu-se a sua ocupação definitiva.

O 3º B Com Ex, além de formar seus próprios militares em Comunicações, também especializou Quadros de outras Unidades. Pode-se citar como exemplo, o 1º Curso de Extensão de Teletipo, realizado no período de 29 de maio a 18 de agosto de 1978, contando com a participação de 14 Sargentos, sendo 10 do III Ex e 4 do CMP. Um outro exemplo foi a abertura do Curso de Sistema de Ondas Portadoras, em 26 de junho de 1978, tendo um público-alvo de 14 Oficiais de Comunicações, sendo 5 do 3º B Com Ex, 7 das demais OM do III Ex e 2 da EsCom.

Com o intuito de buscar formas mais eficazes de cumprir sua missão, o Batalhão realizou a Operação Bento Gonçalves no período de 3 a 5 de outubro. O principal foco dessa operação foi realizar testes com o Sistema de Ondas Portadoras (SOP), possibilitando o enlace do Comando do III Ex com as Unidades sediadas em Caxias do Sul e Bento Gonçalves. Esta operação teve caráter pioneiro por ser a primeira vez que o Exército Brasileiro, através desta Unidade, testava os equipamentos do Sistema de Ondas Portadoras em campanha.

Nobre missão teve o 3º B Com Ex nos anos de 1979 a 1985. De acordo com a Portaria Ministerial nº 1135, o Batalhão atuou na área de ensino, formando Oficiais da Reserva. De 1986 a 1999 foi, também, Escola de Sargentos de Carreira. Ao encerrar-se extraordinária missão, contabilizou-se 1229 Sargentos formados em 14 anos de atividades.

A padroeira do 3º Batalhão de Comunicações é a Santa Teresinha do Menino Jesus, conforme Decreto do Ordinariado Militar do Brasil, do dia 25 de março de 2004, assinado pelo Arcebispo Ordinário Militar do Brasil, Dom Geraldo do Espírito Santo Ávila.

Na enfermaria do 1º Batalhão Ferroviário, em Bento Gonçalves, havia uma imagem da Santa. Porém, quando da ocupação do 3º B Com Ex, a imagem foi ofertada, tornando-se a padroeira do Batalhão. Quando da transferência da sede para Porto Alegre, foi inaugurada, em 18 de março de 1996, uma gruta no pátio frontal para ser exposta a imagem da Santa Teresinha do Menino Jesus. Antes, porém, de ocupar definitivamente a gruta, ela ficava sob a guarda do 1º Ten Antônio Rodrigues Aperta, do 2º Ten José Pedro de Oliveira e do St Deomar Vicente dos Santos, militares que acompanharam a transferência da OM de Bento Gonçalves para Porto Alegre.

A Santa Teresinha do Menino Jesus nasceu em 2 de janeiro de 1873 e faleceu em 30 de setembro de 1897, no seu leito de morte, prometeu que do céu faria chover pétalas de rosas sobre a cidade. Foi canonizada em 17 de maio de 1925, proclamada Padroeira Principal das Missões, declarada Padroeira da França e proclamada Doutora da Igreja pelo Papa João Paulo II.

Após sete mudanças de nomenclatura e seis transferências de sede, desde 1917, em 9 de julho de 2003 é definida a designação que perdura até os dias atuais, 3º Batalhão de Comunicações. A Unidade é a pioneira na implantação do Sistema de Comunicações de Área do Exército Brasileiro. Internamente ainda ocorreram certas mudanças. Em 27 de setembro de 2004 a

Companhia de Comando e Serviços e a Companhia Experimental de Comunicações de Área passaram a ser denominadas, respectivamente, de Companhia de Comando e Apoio e Companhia de Comunicações Nodal. Essa alteração estava embasada numa atualização da Doutrina, fomentada com a aprovação do Manual de Campanha C 11-20 – Batalhão de Comunicações, 1ª Edição, 2003, pela Portaria Nr 075 – EME, de 8 de setembro de 2003.

A busca pela eficiência levou o 3º B Com a investir em melhorias no seu material de emprego militar, como a demanda por viaturas-rádio e a revitalização de cabines de Central Telefônica. No ano de 2007, por exemplo, o Batalhão participou do projeto Posto de Comando Tático com link Satélite, contribuindo para o processo de modernização das Comunicações no âmbito da Força.

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Concomitante ao seu lado operacional, a OM também se apresenta como a “mão amiga” da comunidade local. Através das campanhas do quilo, de vacinação e do agasalho, é aviltado o sentimento de apreço da população com os militares. Outro destacado exemplo de ação subsidiária foi a colaboração com o Governo Federal, em 2008, no apoio ao Projeto Força no Esporte.

Nos últimos anos, com a criação do Ministério da Defesa, o 3º B Com participou de operações combinadas e operações na faixa de fronteira, destacando-se as Operações Pampa, Charrua, Fronteira Sul, Laçador, em 2009, Atlântico, em 2012, Ágata, em 2012 e 2013, e Ibagé, em 2015. Em 2011 compôs parte do efetivo do BRABAT 02/14, oportunidade singular na qual os militares do 3º B Com, como tropas da ONU, muito bem representaram o Exército Brasileiro perante os militares de outros países e a imprensa internacional. Em 2013 e 2014 teve participação na preparação e apoio à Copa das Confederações e à Copa do Mundo FIFA, respectivamente. Dois eventos de escala mundial e importância diplomática onde os militares do 3º B Com demonstraram grande responsabilidade e obtiveram êxito nas suas atribuições. Entre o final do ano de 2014 e o início de 2015, houve a participação de vários integrantes desta OM no Contingente da 14ª Bda Inf Mtz que compôs a Força de Pacificação do Complexo da Maré, ocasião em que, em conjunto com a Marinha do Brasil, contribuíram para um resultado final de queda de aproximadamente 75% do número de homicídios naquela comunidade.

O cenário dos conflitos atuais muitas vezes se confunde em meio a população civil. Dessa forma, muitas Operações são interagências, exigindo grande flexibilidade dos comunicantes na atuação em conjunto com a Marinha do Brasil, Força Aérea Brasileira e Órgãos de Segurança Pública. O 3º B Com, dando continuidade à sua tradicional história, vem se destacando no âmbito do CMS, pelo seu valoroso apoio de Comando e Controle. Como herdeiros de Rondon e profundamente inspirados pelos seus feitos e valores, os integrantes do 3º B Com seguem avançando na trilha de exemplos do seu ilustre Patrono, mantendo as tradições desta destacada OM de Comunicações.

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