Carro de Combate Leve X1 PIONEIRO
O CCL X1 Pioneiro é um carro de combate de origem brasileira, desenvolvido através do M3 Stuart por estudos do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Blindados, que tinham como missão projetar um novo carro de combate leve utilizando os componentes dos 300 M3 Stuart que restavam. O ponto de partida para a elaboração dessa nova família de carros de combate foi a troca do motor que era equipado nos antigos M3, trocando um original por um modelo nacional e a diesel. A instalação de novos motores demandou que a estrutura do veículo fosse alongada, que a suspensão fosse trocada e as lagartas fossem mais largas.
Já para o seu armamento, foi planejado para ser equipado com 01 canhão DEFA de 90 mm e duas metralhadoras, de 7,62mm e 12,7 mm e uma torre do modelo francês H-90. Diversos protótipos foram criados e exaustivamente testados para que chegasse na versão final que agora é conhecida. O seu projeto foi aprovado em 28 de junho de 1973, mas o primeiro exemplar só foi construído e entregue em setembro do mesmo ano, e a sua primeira aparição em público se deu no desfile do dia 7 de Setembro de 1973. Após a aprovação formal do projeto, foram contratadas as indústrias Biselli e Bernardini para a produção em série do até então denominado Carro de Combate MB-1, recebendo assim o apelido de Pioneiro.
O contrato inicial previa 53 unidades para o Brasil, porém devido algumas dificuldades de importação de componentes e desvios de recursos, houve um atraso de 27 meses na entrega, onde as primeiras unidades foram entregues entre Fevereiro e Março de 1976. Foram distribuídos em um lote de 10 unidades para o 6º RCB e um último lote de 16 unidades também para o 6º RCB, com uma dessas unidades sendo destinada para a Academia Militar das Agulhas Negras e uma para a Escola de Material Bélico, e foi nesse período que ganhou a denominação CCL X1 Pioneiro.
O uso em tais unidades foi bastante frequente, visto que sua manutenção era simples e os problemas técnicos que vinham a apresentar eram de fácil solução. Haviam alguns problemas mais técnicos que ocorriam de forma mais frequente, como a embreagem que era insuficiente por ser de apenas um disco e trincamento do garfo da polia tensora, que era muito exigido em deslocamentos de alta velocidade em terrenos acidentados. Apesar de tais dificuldades que apresentava, o uso constante fez com que fosse cada vez mais recomendada a conversão das unidades restantes do M3 para o novo CCL X1 Pioneiro, devido ao ótimo custo benefício que apresentava em atividades de treinamento, evitando assim os custos e desgastes dos carros M-41 existentes na unidade.