O Carro de Combate Leve M41 WALKER BULLDOG
Devido ao fim da Segunda Guerra Mundial e com o desenrolar da nova guerra que estava por vir, a Guerra Fria, o Exército Americano sentiu a necessidade de aprimorar seu modo de combater em movimento, um novo modelo que deixasse para trás o já antiquado M-24 Chaffee.
Eis que em 1949, começam a surgir nos novos protótipos de carros de combate leve. Começando pelo T-37, que devido algumas modificações teve diversos nomes, como T-41, T-41E1 e T-41E2. Á partir da década de 50, foi definido como principal carro de combate leve do Exército Americano, já com o nome de M-41 Little Bulldog, que posteriormente teve seu nome alterado para Walker Bulldog, em homenagem ao General W.W. Walker, que faleceu em um acidente de Jeep na Coréia em 1951.
As especificações técnicas do M-41 eram muito semelhantes aos do M-24, com um rolamento de 5 pares de rodas e um motor traseiro de 500 hp, que o tornava capaz de se locomover em grande velocidade em estradas e era de fácil reparo e substituição durante o combate. Como armamento principal, era dotado de um canhão 76mm M32 como armamento antitanque, equipado com freio de boca e extrator de fumaça e como armamento secundário, era equipado com uma metralhadora .50 Browning M2 e possuía uma tripulação de 4 militares.
Entre o período que compreendia os anos 50 e o início dos anos 70 foram produzidos cerca de 5500 exemplares do M-41, cujos quais começaram a ser vendidos para outros países a partir dos anos 60. Os primeiros 50 M-41 chegaram ao Brasil em Agosto de 1960, sendo distribuídos nos Regimentos de Reconhecimento Mecanizado no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, o então Estado da Guanabara, tais carros foram usados para substituir os M-3 Stuart que eram utilizados nessas unidades. O aquisição desses blindados só foi possível devido ao Programa de Ajuda Militar, o MAP, que existia entre Estados Unidos e Brasil.
No decorrer dos anos até o início dos anos 70 chegaram no Brasil cerca de 300 M-41 e M-41 A3, cuja única diferença entre eles era o seu motor e o sistema equipado no canhão, pois eram exatamente idênticos. Tais carros representavam um grande poder dentro do continente sul-americano favorável ao Brasil. A intenção de sua vinda era a substituição gradativa dos carros M-3 Lee e M-4 Sherman.
O M-41 Walker Bulldog era a base da formação blindada brasileira, pois era o que o exército possuía de melhor e em maior quantidade, desde as grandes unidades como 5º Brigada de Cavalaria Blindada até as menores, como o 9º Regimento de Cavalaria Blindada. Tais carros nunca participaram de combates de modo efetivo, mas foram empregados na maior operação já realizada no Brasil, envolvendo vários modelos de Carro de Combate, incluindo o M-41. Foram utilizados durante a revolução de 1964, onde estiveram envolvidos em manter a segurança de locais importantes na cidade do Rio de Janeiro e na capital Brasília.
Com o passar do tempo e a evolução das tecnologias empregadas em combate, o M-41 foi ficando de certa forma parado no tempo, o que fez que o Exército os utilizasse até os anos de 1997, onde começou a ser gradativamente substituído pelos Carros de Combate Leopard 1A1, de origem alemã e pelo M60, de origem Americana.