TENENTE CORONEL CORREIA LIMA
O manequim simboliza o Tenente-Coronel Luiz de Araújo Correia Lima, idealizador dos Órgãos de Formação de Oficiais da Reserva no País. Isso ocorreu, após experiências do Exército Brasileiro na Primeira Guerra Mundial, onde foi perceptível a necessidade da formação de Oficiais Temporários no comando das frações e no apoio ao combate.
Nascido em Porto Alegre, Correia Lima foi o filho mais velho do General-de-Divisão Gonçalo Correia Lima. Dedicado aos estudos, sempre se qualificou entre os melhores nos cursos das Escolas Militares que frequentou, tendo assim desempenhado grandiosas façanhas durantes sua carreira militar.
Em 1922, o governo brasileiro criou o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, no Rio de Janeiro. Este Estabelecimento de Ensino nasceu graças ao empenho e visão de futuro do então Capitão Luiz de Araújo Correia Lima, tornando-se o primeiro comandante do CPOR/RJ. Com o advento da Segunda Guerra Mundial, a proposta do agora Tenente-Coronel Correia Lima mostrou-se acertada. O efetivo de tenentes da Força Expedicionária Brasileira foi composto por 433 oficiais combatentes temporários.
Como parte da história dos Oficiais da Reserva e do Tenente-Coronel Correia Lima, foi evidenciado o primeiro uniforme utilizado nos Centros de Preparação de Oficiais da Reserva, sendo então reconhecido como uniforme histórico destes Órgãos de Formação. O uniforme é composto de uma túnica e calça de cor caqui. Nos ombros há um espaço para as insígnias identificadoras dos postos e graduações. O uniforme é utilizado com botas de couro e quepe. É importante lembrar que os uniformes camuflados só surgiram a partir do final da segunda guerra e até essa época era comum os uniformes terem uma aparência mais formal e pouca praticidade em questões de combate. A cor caqui, foi utilizada pelo Exército Brasileiro em seus uniformes de praças e oficiais até o ano de 1931 quando adotou-se oficialmente o verde oliva como cor escolhida para os uniformes da Força. Atualmente, este uniforme representa o empenho e dedicação do Tenente-Coronel Correia Lima, e a resiliência dos mais de 433 Oficiais R/2 que empunharam suas armas durante a Segunda-Guerra Mundial.
Correia Lima não viveu por contemplar os frutos de sua obra. Aos 39 anos faleceu em combate durante a Revolução de 1930 já no posto de Major. Foi promovido post-mortem, em 13 de outubro de 1930, ao posto de Tenente-Coronel, por ato de bravura.
Nos dias atuais, o Exército reverencia e homenageia a notável figura do Tenente-Coronel Correia Lima. Seu busto encontra-se em local de destaque no pátio "Major Apollo Miguel Rezk", no CPOR do Rio de Janeiro.